2006-09-27

Osmose inversa


Num dos posts anteriores, fizemos referência ao pote difusor (ou pote-duplo), um método de desinfecção da água que em meados da década de 80 ainda era adoptado um pouco por todo o país, sobretudo nas zonas rurais. Apesar das características quase artesanais, era um método que assegurava a desinfecção da água dos poços e reservatórios para o abastecimento de edifícios isolados – no concelho de Salvaterra de Magos, de estabelecimentos escolares – e ou de pequenos aglomerados populacionais.

Na mesma época, (em Portugal) começaram a ser divulgados outros métodos para a desinfecção da água: ozonização e osmose inversa.

Este último método permite a redução de substâncias em suspensão e é adoptado por algumas unidades hoteleiras e alguns estabelecimentos de saúde, designadamente por centros de hemodiálise.

Mas o que é e como funciona o sistema de osmose inversa?

Para se obter uma resposta a esta questão, propomos aos leitores do JSA que visionem a infografia disponibilizada por Consumer.es Erosqui (Vd. Defesa do Consumidor).

2006-09-25

Cine’Eco 2006


De 20 a 29 de Outubro decorrerá, em Seia, mais uma edição – a 12ª. – do Cine’Eco, Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambiente da Serra da Estrela.

O Festival de Cinema e Vídeo de Ambiente integra uma secção competitiva, vários ciclos de cinema e um conjunto de iniciativas que se realizarão paralelamente: exposições, concertos e palestras.

O Cine’Eco é um dos fundadores da Associação de Festivais de Cinema de Meio Ambiente – EEFN, Environmental Film Festival Network – e tem um protocolo de colaboração com o FICA, Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental de Goiás, Brasil.

Na edição do ano passado, que anunciámos aqui no JSA, o Grande Prémio de Ambiente foi atribuído ao filme “Estamira”, do cineasta brasileiro Marcos Prado.

Um pote-difusor para o TSA José Marques



Foi no restaurante Vis a Vis, em Fátima, que decorreu o jantar de convívio com José Marques, TSA, que, como divulgámos em 06/09/08, se aposentou após ter cumprido uma longa caminhada – com algumas intervenções no mínimo curiosas – pelo concelho de Ourém.

Comparecerem cerca de 30 pessoas, sobretudo colegas dos Centros de Saúde de Fátima e de Ourém. Mas também estiveram presentes alguns TSA, 7 (sete) – incluindo as duas colegas que organizaram o encontro – e ex-TSA, 2. Não surpreendeu a ausência de colegas mais novos nem de um representante da SRS de Santarém. Os tempos são outros…

No final, Carla Carvalho, TSA, no SSP do CS de Fátima, ofereceu ao colega José Marques um sofisticado pote-difusor. Para que, mesmo aposentado, não se esqueça de tempos idos (até meados da década de 80) quando era aquele o método de desinfecção (também conhecido por duplo-pote) da água dos poços e cisternas que asseguravam o abastecimento de escolas e de pequenos aglomerados populacionais.

Outros tempos, de facto.
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Fotografias por

2006-09-21

Curiosidade legal?

Acidentalmente, encontrámos no blogue 100riscos – a pensar em segurança… o post (datado de 06/07/12) que a seguir reproduzimos:

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Curiosidade legal !!!

Decreto-Lei n.º 65/98 de 17 de Março

Estabelece as regras de transição dos técnicos auxiliares sanitários da carreira residual prevista no Decreto-Lei n.º 272/83 de 17 Junho, para a carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica, área de higiene e saúde ambiental.

( In: http://www.atarp.pt/pdf/curiosidades_legais.pdf ) "

Não percebemos a curiosidade e muito menos os três pontos de exclamação. Por essa razão, perguntamos: - Curiosidade legal!!! ?

2006-09-15

Milagrosa, talvez, mas com cloro


“Não fora o José Marques ter-se aposentado, e eu, provavelmente, jamais me lembraria do sabor desta água…”

Enquanto aluno do curso que frequentava no INSA (Delegação do Porto) e de estagiário no Centro de Saúde Distrital de Santarém (em breve, ex-Sub-Região de Saúde de Santarém), com Nuno Pacheco, ES, e José Marques, TSA, no CS de Ourém, há uns anos, no início da década de 80, eu estive em Fátima numa vista técnica, de rotina, a um dos abastecimentos de água do Santuário.

Junto ao Monumento ao Sagrado Coração de Jesus, descemos umas escadas (de acesso condicionado) até à nascente que abastecia (abastece?) as/algumas das fontes existentes no Santuário. Uma gruta, húmida, com estalactites e (então) uma conduta de esgoto, visível, ao longo da parede mais distante. No túnel de acesso, uma bomba doseadora de cloro. Para se assegurar a desinfecção da água e proteger-se a saúde das pessoas, crentes e não crentes, que, muitas vezes para se aliviarem dos males que as afectavam, bebiam (bebem?) água daquelas fontes.

Por parte da administração do Santuário houve resistência à instalação do sistema de desinfecção. Todavia, devido à constante contaminação microbiológica, a alternativa mais suave consistia na afixação de cartazes com a indicação de “Água Imprópria para Consumo O que, decididamente, seria incompatível com a natureza do lugar e as proféticas qualidades terapêuticas da água.

Para os crentes, beber a água do Santuário, a água de Nossa Senhora de Fátima, terá efeitos miraculosos. É uma questão de Fé. Mas se não fosse a persistência do TSA José Marques, muitos crentes, peregrinos ou simples turistas que beberam (e bebem) daquela água provavelmente regressariam a casa na melhor das hipóteses com uma forte e muito profana dor de barriga…

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Ilustração: Fotografia recolhida em
http://catedral.weblog.com.pt/arquivo/015886.html .

2006-09-11

Reconfiguração dos Serviços de Saúde Pública – III

Na rentrée, voltamos a Torres Novas para relatarmos de modo conciso o Encontro sobre a Reconfiguração dos Serviços de Saúde Pública.

Na sessão da manhã (sessão em que não pudemos participar por motivo de doença súbita), que decorreu no Auditório, foram apresentados os objectivos do Encontro e as propostas de trabalho. A seguir, os participantes distribuíram-se pelas salas reservadas para os diferentes grupos de trabalho e, ao meio da tarde, voltaram a reunir-se no Auditório para assistirem à apresentação das Conclusões.

Grupo I – USP, Unidades de Saúde Pública

Pelo grupo responsável pelo debate sobre as USP, Unidades de Saúde Pública, o relator foi Moisés de Almeida, TSA no SSP (Serviço de Saúde Pública) do CS (Centro de Saúde) de Coruche.

Para a apresentação das conclusões, Moisés de Almeida recorreu ao Power Point – que, como muitos de nós sabemos, é o melhor indutor de sono existente no mercado –. Mas foi eficaz, enquanto relator. Depois de projectar a proposta que serviu de pretexto para a discussão, baseada na divisão territorial estabelecida (NUTS - I e NUTS - II), mostrou-nos a contraproposta suportada pelos indicadores considerados pelo grupo – capital humano, capital de cidadãos e capital estrutural – e expôs sucintamente alguns dos factores favoráveis e desfavoráveis que definem a solução preconizada pelo Grupo de Trabalho para a região abrangida pela actual Sub-região de Saúde de Santarém.

Grupo II – Relacionamento dos Serviços de Saúde Pública

Pelo grupo a que coube a discussão do Relacionamento dos Serviços de Saúde Pública, grupo de trabalho que integrámos, o relator – correctamente, a relatora – foi Ana Diniz, MSP, Médica da Saúde Pública, no SSP do CS de Alcanena - que, para a apresentação das conclusões, se serviu de um meio que em alguns sectores é já classificado como artesanal: o retroprojector.

Depois de esquematicamente estabelecer os diferentes níveis de relações que os SSPL (Serviços de Saúde Pública Locais) deverão manter interna e externamente apontou, na perspectiva dos profissionais e dos próprios serviços de saúde pública, alguns dos pontos fracos e fortes sobre a reconfiguração em curso.

Grupo III – Funções e recursos humanos e materiais dos Serviços de Saúde Pública

Para apresentar as conclusões do Grupo III foi seleccionada Sandrina Pereira, TSA, do SSP, do CS de Ourém. Também recorreu às transparências.

Sobre as funções dos SSPL, depois de salientar que “é fundamental a comunicação interna e externa, para se conhecerem e utilizarem outros saberes” e de sublinhar que “os projectos e os programas deverão ser multidisciplinares e baseados em diagnósticos e necessidades da saúde das populações”, observou: "(i) as intervenções deverão ser objecto de planeamento; (ii) deve haver uniformidade nos indicadores e procedimentos – áreas que exigem formação; (iii) é indispensável a avaliação – e, também, a divulgação de Boas Práticas”.

Referiu-se, depois, aos recursos humanos – assinalou que os SSPL devem integrar profissionais de diferentes áreas e que devem ser estabelecidos incentivos por mérito – e aos recursos materiais, valorizando a partilha de informação e a informatização dos serviços (com rede ADSL), sem esquecer que os SSPL devem dispor de “equipamento técnico de acordo com as necessidade dos programas”.

Finalmente, deteve-se na figura da Autoridade de Saúde para propor que no âmbito dos SSPL a nomeação deverá ser nominal para MSP e TSA, com delegação de competências em outros profissionais de saúde.

Após a intervenção dos diferentes relatores, seguiu-se um período de debate pouco mais que irrelevante e a sessão terminou com o anúncio de que Estela Fabião, MSP do SSP de Cartaxo, fora incumbida da elaboração das Conclusões do Encontro. Conclusões que serão apresentadas no decurso de uma reunião que se realizará em Setembro (o mês em curso).

2006-09-08

José Marques, TSA


José Rafael Domingos Marques, TSA, que exerceu a profissão nos Centros de Saúde de Fátima e de Ourém, aposentou-se no passado mês de Julho (Aviso Nº. 8319/2006, da Caixa Geral de Aposentações). Agora, as TSA que o renderam decidiram organizar um jantar de despedida. Um pretexto para homenagearem o colega que as acompanhou no início da actividade profissional.

Aos leitores do JSA interessados em participar, sobretudo aos ES, MSP e TSA que ao longo dos anos conviveram com o José Marques, comunicamos que para obterem informações e/ou inscreverem-se devem - até ao próximo dia 06/09/11 - contactar as TSA Sandrina Pereira, do CS de Ourém, ou Carla Carvalho, do CS de Fátima.

2006-09-07

Saúde Ambiental na blogosfera

Na sequência de uma informação que um leitor do JSA nos transmitiu, consultámos o blogue Morrer a Trabalhar - O Blog de Segurança e Saúde no Trabalho, de JRFT Pinto, e lemos o post que a seguir reproduzimos:

"Começa a surgir um movimento interessante na blogosfera em torno da Saúde Ambiental. Já anteriormente,
aqui, estabeleci o paralelismo entre a Segurança e Saúde no Trabalho e a Saúde Ambiental. Daí o meu interesse.Este movimento iniciou-se com o Jornal da Saúde Ambiental, blog com a mesma idade que o Morrer a Trabalhar, mas, para ser honesto, bastante mais vivo que este. Depois, surgiu o "coisas de saúde ambiental" que, para além de um blog, é um projecto mais ambicioso. E, por fim, surgiu recentemente o Pasquim de Saúde Ambiental que, pela introdução, se assume como a antítese dos outros dois. Para além destes blogs, existe um forum de discussão, o Forum dos Profissionais de Saúde Ambiental, que completa este quadro.É pena que não se passe o mesmo com a Segurança e Saúde no Trabalho. Mas estamos aqui para trilhar esse caminho... "

2006-09-06

Proibido tomar banho


Soubemos pelo semanário O Mirante, edição para a Lezíria do Tejo de 06/08/16, que um cidadão moldavo morreu afogado na Albufeira de Magos, enquanto tomava banho.

Desde há cerca de uma dezena de anos que a Albufeira está interdita como zona balnear. Devido, sobretudo, à presença de cianobactérias, microrganismos que em determinadas condições ecológicas libertam toxinas que são susceptíveis de causar doenças de natureza diversa.

A população do concelho sabe. E no local estão afixados painéis onde se lê – em português – que é “Proibido tomar banho”.

Todavia, a informação precisa de ser melhorada para ser compreendida por utentes que não falem e/ou não leiam português. Com mais painéis, colocados em todos os caminhos de aceso à massa de água. Mas decerto que não será com painéis em várias línguas, como propõe Carlos Leonel, Comandante dos Bombeiros de Salvaterra de Magos. Talvez só com o pictograma que publicamos, cuja linguagem é universal.

É o que vamos propor à Câmara Municipal, embora saibamos que a gestão da Albufeira é difusa e se reparte por diferentes entidades. Para que se evitem outras situações dramáticas e irreparáveis. Já que, aparentemente, nenhuma entidade está interessada em reabilitar a Albufeira de Magos como Zona Balnear.

2006-09-01

Pasquim de Saúde Ambiental

Pretendendo ser de facto sensacionalista como nem todos os pasquins conseguem ser, aí temos, desde hoje – para início das hostilidades –, o blogue-tablóide “Pasquim de Saúde Ambiental”, dirigido por Eduardo Figueiredo.

Como nos recomenda, vamos acompanhar as publicações para percebermos o espírito…
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Ilustração: Imagem recolhida em www.midiaindependente.org .