2010-01-28

Agricultura ecológica: um logótipo para a UE


A partir de Julho do ano em curso (2010), os produtos alimentares ecológicos pré-embalados – “que cumpram os requisitos da comunidade definidos como Agricultura e Produção Ecológica” – apresentarão obrigatoriamente o novo logótipo da UE, União Europeia. Pretende-se, deste modo, “reforçar a protecção dos consumidores e promover a agricultura ecológica” – em Portugal erradamente classificada como “biológica”. Como diz uma amiga nossa, desde sempre contestatária desta classificação, “ainda não comemos batatas artificiais, de plástico por exemplo”…

Para que agrade ao maior número de pessoas possível” – como disse Mariann Fischer Boel, Comissária da Agricultura e do Desenvolvimento Rural -, e represente a União Europeia, seja fácil de memorizar e de associar à UE e à agricultura biológica, sem recurso a palavras ou letras, o novo logótipo ecológico foi objecto de um concurso que está na fase final de selecção. Um concurso em que todos nós podemos participar votando num dos três logótipos finalistas.

Nós já votámos.

2010-01-19

O Haiti, as situações de catástrofe e a falta de formação dos TSA


Na ilha de La Hispaniola, no Mar das Caraíbas, ilha descoberta por Cristóvão Colombo no ano distante de 1492, o Haiti é um país pobre. Um país cuja população viveu quase sempre sob regimes políticos devastadores.

Nesta mensagem, não me deterei na história dramática do povo haitiano nem em comentários sobre a tragédia que há poucos dias destruiu povoações, vilas e cidades, que afectou a vida de milhões de cidadãos e provocou milhares de vítimas, mais de cem mil mortos e um número incontável de feridos - informações que os leitores do JSA já obtiveram (ou poderão obter) em muitos sítios e em muitos mais blogues disponíveis na Internet.

Neste “post” (mensagem), eu retomo uma vontade expressa por uma colega que escreveu - “Se pudesse largava tudo para lá ir ajudar, por exemplo, a tratar a água, a torná-la potável” – para reproduzir (parcialmente) o meu comentário: - “(…) ora, como sabe, (na generalidade) os TSA saberão verificar se a água cumpre os requisitos legais para prevenir as doenças hídricas mas não sabe “tratar a água” - uma acção de complexidade variável consoante as características e a grandeza da poluição e da contaminação – e muito menos analisá-la…

Em circunstâncias trágicas similares daquela que se regista no Haiti – enquanto menos jovem eu estive em cenários de guerra -, embora haja diversas soluções para o tratamento da água, normalmente opta-se pela desinfecção bacteriológica (no ponto de consumo) com o recurso a “pastilhas” cloradas distribuidas pela população. Uma tarefa que (compreensivelmente) não exige a intervenção de um TSA.

Para finalizar, digo-lhe que o seu “post” tem um mérito: lembrou-me uma (minha) questão antiga, que eu relembro: os TSA não têm formação para intervir em situações de catástrofe - e seria bom que as Escolas criassem uma disciplina específica que os preparasse. Para (socorrendo-me das suas palavras) “ir ajudar” no Haiti ou noutra região qualquer, designadamente em Portugal…
”.

Um comentário, com uma (minha) “questão antiga”, para os dirigentes das ESTES lerem e intentarem concretizar.
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Ilustração: Imagem recolhida em “The water project Haiti”.

Da cor do limão


Susana Nunes é uma mulher jovem, de Paris (França), que, não sendo “uma ecologista radical”, quer que “as próximas gerações sejam saudáveis”, “que possam desfrutar da natureza” e que “tenham ar puro para respirar e água potável para beber”. “Por isso” faz “um esforço a cada dia. Reduzir, reciclar, reutilizar e... informar”.

Para informar, a Susana Nunes tem um blogue: “Da cor do limão – Pelo futuro do planeta”. Um dos “Blogues para um mundo melhor”.

2010-01-14

Um termómetro global


Na imagem, o termómetro do Climate Action Tracker - um projecto que se propõe fornecer uma avaliação actualizada dos compromissos e das metas propostas pelos países industrializados e em desenvolvimento para a redução das emissões de gases com efeito de estufa.

Aparentemente, com as consequências catastróficas antecipadas por Mark Lynas em “Seis Graus, O Nosso Futuro Num Planeta Em Aquecimento”, de acordo com a avaliação dos cientistas do Climate Action Tracker, “o mundo encaminha-se para um aquecimento global de 3,5º C até 2100”...

Um termómetro para consultarmos, periodicamente.

2010-01-12

Uma fonte - de água imprópria: a Fonte da Raposa



A fonte das fotografias é semelhante a muitas (dezenas de) outras que existem em Portugal, na berma das estradas. Sendo de bica-aberta (isto é, de fluxo contínuo) são fontes procuradas por muita gente para se abastecer de água – natural, pelo facto de não cheirar a cloro, a substância desinfectante de quase toda a água distribuida pelos sistemas de abastecimento público. Entre essa gente, há, até, muitas pessoas que atribuem à água daquelas fontes potencialidades terapêuticas - um erro, eventualmente com consequências graves para a saúde, que nós (TSA e MSP) sempre intentámos prevenir.

No caso concreto da fonte das fotografias – na EN-114, antes da ponte sobre a Ribeira de Muge, no troço entre Almeirim e Raposa - há cerca de 30 (trinta) anos, eu, ainda na fase de estágio, colhi lá amostras cujo resultado analítico só permitia uma conclusão: - “Água Imprópria” (para consumo humano). O colega (TSA Arlindo, do Centro de Saúde de Almeirim) que eu acompanhava notificava a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia e a entidade responsável pela gestão da estrada (hoje Estradas de Portugal). Em vão. Com os escassos recursos então disponíveis, chegou a afixar na fonte, por cima das bicas, um Boletim de Análise protegido por uma capa de plástico para informação da população itinerante. Boletim que não tardava a desaparecer…

Agora, transcorridos quase 30 (trinta) anos, ao transitar naquele troço de estrada, reparei que na Fonte da Raposa foi afixado um sinal mais difícil de remover e bastante explícito sobre a qualidade da água. Finalmente!...

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Ilustração: Fotografias por Duarte d’Oliveira (2010, Janeiro).

2010-01-08

Portalegre: Considerações sobre a temperatura do ar


Com “Considerações sobre dados da temperatura do ar na cidade de Portalegre” iniciamos, hoje, a publicação de alguns estudos que nos foram facultados por José Manuel da Costa Têso - até recentemente meteorologista do Instituto de Meteorologia.

Neste trabalho, como escreve o autor no Resumo, “são apresentados os valores dos números médios de graus-dia de aquecimento e arrefecimento, bem como os valores das temperaturas exteriores de projecto de Verão e de Inverno na cidade de Portalegre, na área envolvente do concelho de Portalegre, com a finalidade de servirem de suporte para eventuais projectos de investigação que tenham como base certos dados da temperatura do ar”.

No final, “como complemento e utilizando o valor médio da amplitude térmica diária no mês mais quente de Verão”, JM Costa Têso traça “uma curva-tipo da evolução diária da temperatura do ar” naquele concelho do Alto Alentejo.

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Ilustração: Fotografia recolhida em ANMP, Municípios de Montanha

2010-01-05

Lhasa de Sela: - “Y me quedé bien dormita”



Pelo começo do ano, a Vida afastou-se de Lhasa de Sela.

Uma mulher que ao peregrinar pelo mundo nos contou que “Me acosté una nochecita/ Vidalita/ Y me quedé bien dormita”.

Para a Eternidade…

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Ilustração: Fotografia recolhida em Lhasa de Sela